"Pode parar! Você está separada há dias apenas! Não tem o direito de surtar desse jeito! Eu estou sozinha há cinco anos!"
Já passou pela sua cabeça que almas gêmeas podem existir? Neste livro iremos mergulhar na história de Joaquim e Letícia, um casal que há séculos não se desgruda um do outro e que acabam comprovando que o amor verdadeiro sempre vai permanecer juntos. A história vai se iniciar em uma tribo de curupiras na Floresta Amazônica e será com uma pitada de aventura e fatos históricos, que a leitura vai se intercalar entre os anos de 1906 e 2015.
Certo dia após Leticia achar um pequeno saquinho com alguma erva com o cheiro parecido de canela, ela acaba tomando antes de dormir e ao acordar percebe que está em um corpo de outra mulher em algum século distante, seu nome era Françoise ou melhor ela se chamava Clarice. Após esse grande susto ela apenas consegue imaginar que estaria em um sonho do qual era impossível de acordar, quando sua ficha vai caindo aos poucos e ela realmente percebe que tudo ali era realidade, ela acaba se envolvendo em um plano que o proposito era vingar sua mãe falecida. Nesse rumo da história Joaquim acaba entrando e aos poucos a paixão vai tomando conta de Leticia, em certo momento ela acaba descobrindo que Joaquim sempre foi sua alma gêmea e que está sempre atravessando séculos e séculos para ficar perto de sua amada.
O romance está ligado com histórias paralelas o que pode tornar a leitura difícil em alguns momentos, no decorrer da leitura é com facilidade que começamos a entender realmente o que está acontecendo. Entre um misto de presente e passado mergulhamos na história desses dois e é com clareza que Ana desenvolve cada cena e personagem. É possível perceber que na história contem pitadas de aventura, confusões e um bom romance, logo no decorrer da leitura começamos a conhecer melhor a vida de cada um e somente quando desgrudamos um minuto do livro, percebemos que a história está quase no fim.
De uma forma contagiante somos levados nesse universo que Ana traz em seus livros, isso é algo que poucos escritores conseguem trazer para seus leitores, de forma delicada conseguimos acreditar que o amor sempre enfrentará tudo e todos para permanecer ao lado de sua alma gêmea.
A diagramação do livro chamou bastante atenção, de forma delicada eles conseguiram transmitir a mensagem que o livro passou, outra curiosidade são que os livros da Ana, sempre tem algo a nos ensinar, o mais legal de tudo é que em Alma Gêmea conhecemos um pouquinho da história de Santos Drummond.
Em uma leitura envolvente somos levados a um romance que vai te fazer acreditar em amores de verdades. Confesso que fazia tempo que não lia esse gênero “romance” e gostaria de agradecer a Ana por sempre inovar em seus livros, sem deixar que fiquem clichês. Pra vocês que gostam desse gênero, esse livro é o ideal para vocês conhecerem.
Autora: Ana Ferrarezzi / Páginas: 304 / Editora: Pandorga
SINOPSE:
Letícia acariciou a placa com o nome do amado. Gisele bateu na mão de sua amiga, cortando o singelo gesto de amor e a levantou. Com um tom de voz autoritário, exclamou:
— Pode parar! Você está separada há dias apenas! Não tem o direito de surtar desse jeito! Eu estou sozinha há cinco anos! — Ela mostrou todos os dedos de sua mão direita para enfatizar sua colocação: — CINCO! — Então cruzou os braços, em um gesto de indignação. — Não vou permitir que você enlouqueça. Não na minha frente!
Um silêncio desconfortante pairou entre as duas. Então Gisele suspirou e perguntou:
— O que realmente há com você? — Em um gesto de resignação, ela completou: — Te acompanhei até esse cemitério porque você me disse que foi um sonho lúcido... se não foi isso, era melhor eu não ter vindo! Além disso, se eu tivesse dormido com um cara, e descoberto no dia seguinte que ele era um fantasma, teria entrado em coma!
Sua amiga não entenderia o divisor de águas pelo qual Letícia havia passado ao encontrar Joaquim. Ao viajar no passado.
Isso porque ela descobriu o amor.
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